Câmara Municipal de Ipirá desconsidera o relevante trabalho da Imprensa

Há um mês, (na terça-feira, 03/08), a Câmara Municipal de Ipirá (BA), na Bacia do Jacuípe, a 210 km de Salvador, retomou as atividades parlamentares presenciais.

De acordo com comentários, correntes nos meios de comunicação locais, a imprensa local em determinados momentos desta gestão atual, da chamada “Casa do Povo”, tem se sentida tratado de maneira desagradável e depreciativa.

De acordo com setores da imprensa, pelo menos uma vez, nesta gestão da Câmara Municipal de Ipirá, um profissional da imprensa foi visivelmente tratado de maneira ríspida e áspera nas dependências da “Casa do Povo”, onde o profissional sentiu-se constrangido, humilhado e desprestigiado, e assim abandonando o local.

Além deste caso de perceptível visibilidade, ainda há outros casos com relatos de episódios onde representantes de sites noticiosos locais sentiram o pouco caso dispensado a imprensa local.

O ocorrido, principalmente o caso de maior visibilidade, a ação deselegante, a maneira como o profissional da mídia foi tratado repercutiu entre os setores da imprensa local e fez com que sites de notícias tenham se afastado da Câmara Municipal, sentindo-se desestimulados a participarem das sessões parlamentares de Ipirá.

Salientando que a Câmara transmite as suas sessões via streaming (YouTube) nas redes sociais. Mas, vale lembrar que as sessões longas e as vezes pouco estimulantes, com suas discussões prolongadas, desestimulam na maioria das vezes ao cidadão se fazer presente, conectado.

Às vezes, ao conectar à internet para dar uma olhada na sessão sempre olho logo a quantidade de pessoas conectadas a ela, constatando que na maioria das vezes os internautas conectados a sessão não passam de uma dúzia de pessoas assistindo as arrastadas questões parlamentares, onde raríssimas vezes um cidadão assiste a toda a sessão parlamentar.

A Presença da imprensa é importante em qualquer lugar

Do exposto, fica claro que a presença da imprensa se faz extremamente necessária, para que os assuntos relevantes sejam prontamente levados ao conhecimento da sociedade, assim, criando com a sua divulgação, a visibilidade, o estimulo proporcionado pela cobertura jornalística, focada no assunto de interesse social, gerando dinamismo e discussão, dando outra dimensão ao assunto que foi discutido e exposto, que sem a devida divulgação pela imprensa, assuntos importantes podem passar despercebidos.

Ipirá Negócios, que durante 15 anos tinha o costume de participar das sessões, sendo sabedor do ‘pouco caso’, da Câmara com a imprensa, sentiu-se desmotivado a comparecer a chamada ‘Casa do Povo’, mas sempre foi consciente que a falta da imprensa no local de interesse social representa um inestimável prejuízo para a sociedade como um todo.

Em uma instituição dita ‘Casa do Povo’, com vereadores que na verdade como todos sabem, são servidores públicos, empregados do povo, que tem os seus salários pagos pelo cidadão, agindo com consciência do que seja cidadania jamais poderia menosprezar, fazer pouco caso da imprensa, mecanismo que presta inestimável trabalho a sociedade.

A coisa pública e a Imprensa devem andar juntas, mesmo que não seja de mãos dadas

Vale salientar que com todos os defeitos que imprensa possa ter, já está comprovado que ela é um mecanismo de extrema importância, indispensável nos meios desenvolvidos que primam pela democracia e o desenvolvimento social.

Logo, sendo importante para a sociedade que a política, a coisa pública, apesar dos embates e as vezes as matérias do desagrado para alguns, imprensa e poder público devem buscar viver juntas, mesmo que não seja de mãos dadas, para assim dar visibilidade e transparência as ações governamentais, ao que é coletivo.

A coisa pública, quando convive com a imprensa, principalmente quando se tem respeito por ela, tendo consciência da sua importância, do seu ofício, do seu trabalho, ganha a sociedade, o cidadão, a transparência e o caminhar social, a evolução da sociedade como um todo.

Assim, consciente da sua importância social, a imprensa jamais pode ser excluída e desestimulado a participar, a buscar dar a mais ampla divulgação aos atos socias, a transparência, ao governo, a polícia, enfim a toda a vida social de um povo, de uma sociedade.

‘Quem cala consente’

Ainda salientando, que além do procedimento desfavorável da Presidência da Casa, todos os Vereadores da Instituição foram coniventes com a situação depreciativa, de pouco caso com toda a imprensa local. Bastando Lembrar o dito popular: ‘Quem cala consente’.

REPÚDIO

Primeiro como cidadão pagador de impostos, segundo como jornalista (por formação) SALIENTO O MEU REPÚDIO, MEU PROTESTO a este procedimento vexatório desta ‘Casa do Povo’ com este equívoco, com esta postura de constrangimento e descaso com a imprensa local.

Intervenção do Ministério Público (MP)

Vale lembrar, que comprovado o caso de ofensas que levam ao constrangimento, MAUS TRATOS A IMPRENSA ou a qualquer cidadão, principalmente partindo de um servidor público, ou um político qualquer, especialmente quando a situação se procede dentro de um prédio público, com o agravante que a situação de constrangimento também se configure como ABUSO DE AUTORIDADE, DE PODER, por quem acha que está acima dos outros, a queixa do ofendido pode ser levada ao conhecimento do MINISTÉRIO PÚBLICO (MP), que é a instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbida da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais inferidos e desrespeitados, para que as providencias cabíveis dentro da lei sejam aplicadas ao órgão/pessoa ofensor.

‘Cisma e queda de braço’

Espero que com esta matéria, este esclarecimento público, a ‘cisma’ criada, Imprensa/Câmara, possa ser atenuada, e assim ganhando a comunicação social como um todo e em extensão toda a comunidade de Ipirá, local e a que mora fora do seu território.

Ainda deixando claro que no caso de uma ‘cisma’, que evoluindo pode se tornar uma ‘Queda de Braço’ (instituição x imprensa), quem perde claramente é a comunidade ipiraense como um todo, porque A ‘CASA DO POVO OU CASA DA CIDADANIA’, COMO O NOME BEM FRISA, NÃO PERTENCE AOS VEREADORES, NEM AO SEU PRESIDENTE, NEM AO ‘JACU’ OU AO ‘MACACO’, PERTENCE AO POVO, A COMUNIDADE DE IPIRÁ.

Para Pensar

“A imprensa é o quarto poder.”
Por Edmund Burke

“Quanto maior o poder, mais perigoso é o abuso.”
Por Edmund Burke

Por Orlando Santiago Mascarenhas
ipiranegocios.com.br