A ausência do secretário municipal de Esporte, Cultura e Lazer, Cristiano Lobo, e de qualquer representante da pasta na sessão solene realizada na última quarta-feira (11), na Câmara de Vereadores de Feira de Santana, provocou duras críticas da bancada evangélica. A solenidade teve como foco os preparativos e a definição das atrações para a Marcha para Jesus de 2025, evento que completa 30 anos de realização no município e que integra oficialmente o calendário cultural da cidade.
O vereador Jorge Oliveira (PRD), proponente da sessão, lamentou a falta de representação da secretaria responsável. Para ele, o evento merecia maior atenção por parte do governo municipal, já que a Marcha para Jesus foi reconhecida como patrimônio cultural e imaterial de Feira de Santana. “Depois de 30 anos da primeira edição, esta foi a primeira sessão solene em homenagem à Marcha. Esperávamos a presença do secretário Cristiano Lobo ou de alguém designado por ele. Ficamos tristes porque a Marcha é um evento cultural da cidade e representa a importância dos evangélicos para os feirenses”, declarou o parlamentar.
O vereador Ismael Bastos (PL) reforçou a crítica, afirmando que a ausência do secretário sinaliza desvalorização do evento por parte da gestão da Cultura.. “Infelizmente, isso revela que a secretaria ainda não enxerga a Marcha para Jesus com a devida importância. As contratações das atrações passam pela pasta da Cultura, que deveria estar aqui ontem. Se fosse uma sessão sobre a Micareta, provavelmente estariam presentes. A Marcha para Jesus foi desconsiderada”, protestou.
O vereador Pastor Valdemir (PP) também se manifestou no mesmo tom. Para ele, a ausência do titular da pasta ou de sua equipe confirma a falta de prioridade da para com os eventos do segmento evangélico. “A Secretaria de Cultura não demonstrou o respeito necessário. Fica o nosso registro de indignação e o pedido para que, nas próximas edições, essa realidade mude”, cobrou o parlamentar.
Os vereadores Eli Ribeiro (Republicanos) e Edivaldo Lima (União Brasil) acompanharam as críticas e destacaram a importância da Marcha para Jesus como manifestação religiosa e cultural reconhecida oficialmente pela lei municipal, reforçando a necessidade de diálogo entre o Poder Público e os organizadores do evento.
A sessão solene foi marcada pela presença de pastores, lideranças evangélicas e representantes de diversas igrejas da cidade. A expectativa dos vereadores é que o governo municipal reveja a postura e amplie o apoio institucional à Marcha para Jesus em suas próximas edições.
Até o momento, nem o secretário Cristiano Lobo nem a Secretaria de Esporte, Cultura e Lazer se manifestaram oficialmente sobre as críticas.