Datafolha expõe como relação de Lula com evangélicos vai de mal a pior

Soma-se a isso um pé atrás com Lula cultivado por anos de intensa campanha antipetista nos templos, mais a saraivada de fake news a reboque dela. É como se os evangélicos sentissem que o PT dá razões para confirmar o que já sentiam no ar, que coisa boa não sairia dali. Quando o pão nosso de cada dia deixou de dar hoje, pronto. Profecia cumprida.

O PT tenta fazer a lição de casa, ainda sem frutos polpudos a colher. Lula fez alguns gestos, como endossar a criação do Dia da Música Gospel, e seu partido lançou na eleição de 2024 a “Cartilha Evangélica“, manual para orientar a comunicação de militantes e candidatos com o segmento.

Conselhos que deveriam soar desnecessários de tão óbvios, como não tratar todo crente como fundamentalista, se mostram valiosos diante de visões estereotipadas sobre um grupo tão plural —basta lembrar dos batistas, com pastores tão divergentes entre si como os progressistas Ed René Kivitz e Henrique Vieira, deputado do PSOL, e os conservadores André Valadão e Josué Valandro Jr., pastor da igreja de Michelle Bolsonaro.