A Bravo Calçados Ltda, sob a administração de David de Castro, encerrou suas atividades de forma abrupta no dia 8 de outubro de 2024, deixando 180 funcionários sem seus empregos, sem salários e sem o pagamento de direitos trabalhistas. A decisão surpreendeu os trabalhadores, que agora enfrentam uma situação de desespero e incerteza. Para piorar a situação, a empresa divulgou hoje, 16 de outubro, uma nota cancelando uma reunião que estava marcada para as 10 horas da manhã desta quarta-feira, aumentando ainda mais a apreensão entre os colaboradores.
A empresa justificou o cancelamento da reunião citando supostas ameaças à integridade física e atos de vandalismo nas redes sociais, o que só intensificou o desespero dos trabalhadores, que não recebem salários e denunciam a falta de recolhimento do FGTS há cerca de um ano.
A decisão de evitar o encontro presencial e substituir a reunião por um comunicado vago sobre a situação da fábrica foi recebida com duras críticas, sendo vista como um ato de insensibilidade por parte da gestão. Os trabalhadores, que dependem de respostas claras e de soluções concretas, estão ainda mais frustrados com a falta de transparência da Bravo Calçados.
Na última tentativa de ação, Miguel D’Castro, representante da empresa, foi até a sede da Arezzo ontem para cobrar uma solução em relação ao pagamento dos salários atrasados. A única informação obtida até agora é que uma reunião entre a equipe jurídica da Arezzo, o sindicato e a Bravo Calçados será realizada na próxima semana para discutir a situação. Até lá, os 180 trabalhadores permanecem sem salários e sem garantias de que seus direitos serão cumpridos.
A gestão da Bravo Calçados insiste em adiar soluções e evitar o diálogo, agravando a crise e deixando seus funcionários em uma situação de incerteza e desesperança. A falta de compromisso com o bem-estar e os direitos dos trabalhadores é evidente, e o cancelamento da reunião apenas reforça a postura de negligência da empresa.
Agora, a esperança dos funcionários recai sobre a reunião da próxima semana, que pode ser a última chance de que seus direitos sejam respeitados. Enquanto aguardam, esses 180 trabalhadores, que perderam seus empregos de forma abrupta, continuam na luta por justiça e dignidade.