Somente na cidade, segunda maior da Bahia, o Governo do Estado está investindo R$ 4,1 milhões no BSF. A ação faz parte de uma estratégia mais ampla para combater a fome no estado, com ações emergências e estruturantes.
“O Estado está cumprindo seu papel ao prover políticas públicas que assegurem o Direito Humano à Alimentação. Essas ações são importantes frente aos descasos em que a população de Feira de Santana vive sem o apoio do poder público municipal na oferta de alimentos para quem mais precisa”, criticou o coordenador.
O coordenador também enfatizou a articulação com diversas organizações sociais e equipamentos públicos para potencializar os resultados do programa. “Estamos viabilizando esse apoio do Bahia Sem Fome para o município através do que chamamos de Rede de Equipamentos Integrados para o Combate à Fome. Essas 17 Cozinhas Comunitárias e Solidárias apoiadas pelo Estado são executadas por nove organizações da sociedade civil que fazem parte dessa rede”, completou.
Dignidade
Vanessa Silva Costa é da Dispensário de Santana, uma das 17 organizações da Princesinha do Sertão contempladas no edital Comida no Prato. Serão oferecidos mil almoços por dia em uma cozinha situada no Jardim Acácia. “Já começamos a distribuição de comida no dia 14 de agosto. Estou muito feliz e torço para que cada pessoa se esforce o máximo possível e que ajude todas as pessoas a terem uma comida saudável. Agradeço pela capacitação e ao Governo do Estado da Bahia por essa ação que resgata a dignidade humana”.
A iniciativa, liderada pelo governador Jerônimo Rodrigues, representa um compromisso com a população mais vulnerável da Bahia. “O governador está muito comprometido em cuidar de quem mais precisa. Esse aporte ao município de Feira de Santana é uma forma de minimizar o descaso em que vive a população diante das ausências pelo município não ter assegurado o direito humano à alimentação”, concluiu Tiago Pereira.
Formação
Além de fortalecer as cozinhas comunitárias, o BSF garante que elas ofereçam refeições seguras e nutritivas para a população, conforme relata a coordenadora de Produção e Alimentação Saudável do BSF, Aisi Carvalho:
“A formação é dividida em módulos ao longo dos meses de setembro, outubro e novembro, e aborda tanto aspectos técnicos quanto políticos. Na parte técnica, o foco está em garantir a segurança alimentar, com orientações sobre higiene e manipulação de alimentos. Já a parte política discute o direito à alimentação, o Programa Bahia Sem Fome e a importância de sensibilizar a população para a questão da fome”, conclui a nutricionista.
Dona Maria Nilza da Conceição Santos tem 50 anos e há 10 atua na Rede de Produtoras da Bahia (Cooperede), uma cooperativa de mulheres com uma abrangência de três territórios de identidade: a Bacia do Jacuípe, o Portal e o Sisal. São 900 mulheres cooperadas na Cooperede que distribuirá alimentos em oito pontos de acesso em Feira de Santana.
“A fala da nutricionista dá uma dimensão, porque por mais que você já trabalhe com alimentação, a gente sempre fica espantada com tanta coisa que a gente aprende. A gente vai para as capacitações e volta mais fortalecida. Um dos maiores aprendizados foi com relação à forma de lidar com os alimentos, da limpeza e desinfectação, por mais que você saiba, mas você acaba se deparando com algo que você acha que tem que fazer mais ainda”.
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Por A TARDE