À medida que se aproxima o pleito de 6 de outubro de 2024, as eleições municipais evidenciam um comportamento recorrente, principalmente em cidades menores: os eleitores se tornam fervorosos defensores dos seus candidatos, deixando de lado o debate sobre propostas, comportamento e, o mais importante, o Plano de Governo — especialmente no caso dos candidatos a prefeito.
Esse fenômeno não é novo. Muitas vezes, pessoas que ontem compartilhavam laços estreitos com o grupo político dominante, agora surgem como opositores ferrenhos. O aliado de ontem passa a ser considerado incompetente, irresponsável e, frequentemente, rotulado como corrupto. Esse ciclo de inimizades e alianças volúveis faz parte do jogo político, mas o verdadeiro prejuízo recai sobre o eleitor que age como “boi de careta”, negligenciando a avaliação das propostas que, de fato, impactam a coletividade e não apenas os interesses de um grupo restrito ou as ambições pessoais.
É nesse cenário que surge o eleitor iludido. Eufórico e cego em sua defesa apaixonada por um candidato, não percebe que está sendo usado como “boi de piranha”, exposto às disputas sem tirar proveito real. Esse eleitor, muitas vezes, se encontra, nos primeiros meses de 2025, decepcionado e frustrado, lamentando nas esquinas e bares da cidade por não ter conseguido aquela tão sonhada vaga na prefeitura ou os benefícios que imaginava receber.
Para evitar a decepção e exercer verdadeiramente o seu papel de cidadão, o eleitor precisa fazer uma escolha consciente. Ao invés de cair na armadilha de brigar cegamente por candidatos, é fundamental analisar quem realmente tem capacidade de promover o desenvolvimento do município e oferecer melhorias para todos. A decepção pessoal do eleitor reflete diretamente no atraso do lugar onde vive. Pense nisso: vote com responsabilidade e não seja enganado por promessas vazias.