Nutrição durante a menopausa: descubra quais alimentos podem minimizar os sintomas

A menopausa é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um período de término da fase reprodutiva das mulheres. Apesar de previsível e natural entre 45 e 55 anos de idade, os sinais que caracterizam esse momento costumam gerar muitos desconfortos. De acordo com estudo publicado na revista científica Climacteric, com base em dados de 2022, cerca de 88% das brasileiras apresentam fogachos – conhecidos como ondas de calor, secura vaginal, sensação de inchaço, queda na libido, insônia, irritabilidade, entre outros sintomas.

Diante de tantos efeitos que comprometem o bem-estar, a adoção de uma dieta equilibrada pode fazer toda diferença na intensidade e até mesmo na chegada de forma precoce. A nutricionista Camila Avelar lembra que, além da disposição genética e demais fatores associados, a alimentação influencia diretamente no surgimento do quadro de maneira antecipada.

“Existem vários cofatores presentes em uma dieta saudável que ajudam na produção de hormônios e no bom funcionamento celular. É por isso que uma má alimentação ao longo da vida pode ser um fator de favorecimento da menopausa precoce, marcada pela redução na produção de hormônios sexuais antes do tempo. Além disso, é capaz de potencializar o processo porque impede a detoxificação de algumas toxinas ambientais”, explica a especialista em modulação imunológica.

Em contrapartida, os bons hábitos à mesa ajudam a combater os temidos impactos desse período. A profissional ressalta que uma dieta rica em compostos bioativos e fitoquímicos, vitaminas e minerais ameniza os efeitos hormonais nos receptores e muitos dos sintomas atrelados, inclusive ligados à depressão, alterações de humor e ganho de peso.

O que colocar ou não no prato?

Camila Avelar destaca que a alimentação é um dos aspectos que merecem atenção redobrada nessa fase, uma vez que atua nas vias hormonais e auxilia em uma das maiores questões da menopausa: composição corporal. “A depender da necessidade de cada mulher, é indicado priorizar o consumo de inhame, linhaça, soja e opções ricas em fitoestrógenos. Alimentos repletos de magnésio, zinco e vitaminas do complexo B também são indispensáveis, pois favorecem a sinalização celular e a produção de neurotransmissores. A dieta adequada ainda colabora na superação da dificuldade de ganhar massa magra ou de perder gordura”, pontua.

Para a melhora da etapa inflamatória, desordens emocionais e hidratação do corpo, recomenda-se água aromatizada, preparações com mais caldos, shakes, frutas e vegetais. A nutricionista ainda lista chás que são coadjuvantes na melhora dos sintomas. Um deles é o de camomila, erva que ajuda a aliviar o estresse, irritação e insônia. Outras alternativas são os de canela e gengibre, que trabalham a favor da perda de peso. A passiflora (flor de maracujá) também serve de aliada para aquelas que não conseguem dormir bem.

Por outro lado, ela sugere bastante cautela na ingestão de produtos com poder de sobrecarregar todo o padrão metabólico. “Como o metabolismo fica mais lento durante a menopausa, o excesso de industrializados, carboidratos e bebidas alcoólicas impedem uma boa detoxificação hepática, o que impossibilita uma composição corporal saudável”, adverte.

Importância da orientação profissional

Uma das formas de passar pela fase de um jeito mais tranquilo e sem complicações é cuidando da saúde. Isso remete à procura por orientação nutricional antes do aparecimento dos primeiros indícios. No climatério, transição do período fértil para o não reprodutivo, as estratégias atuam no enfrentamento da queda hormonal, levando à prevenção de sintomas exacerbados e até mesmo ausência deles.

 

Fora os incentivos às mudanças alimentares, o devido acompanhamento viabiliza a incorporação de suportes naturais no dia a dia. “Através de exames, avaliação dos marcadores hormonais e metabólicos, além da análise do histórico das pacientes, o especialista consegue prescrever suplementações – incluindo fitoterápicos, vitaminas, minerais e compostos bioativos. Tais ferramentas contribuem para a modulação das vias imunológicas e hormonais”, conclui Camila.

Segundo a farmacêutica Edza Brasil, a partir da recomendação médica, as mulheres ainda podem utilizar ativos a fim de aumentar a memória e a cognição, melhorar a lubrificação vaginal e a libido, combater a queda intensiva de cabelo e ressecamento da pele, reduzir a perda de massa óssea e dores articulares, entre outros sintomas característicos. “Esses produtos amenizam os problemas que começam a aparecer no climatério, com a diminuição das taxas de testosterona, estradiol e progesterona, e se intensificam na menopausa”, reforça a fundadora da Singular Pharma.

Por Assessoria