Lauro de Freitas, o vizinho mais próximo de Salvador, tão colado que às vezes as ruas se embolam, tem uma nova estrela no topo da política. É a vereadora Débora Régis (UB), que segundo o AtlasIntel, instituto parceiro de A TARDE, tem 65,5% das intenções de voto contra 30,3% de Antonio Rosalvo (PT).
Lá só tem os dois candidatos, é disputa polarizada. E ironicamente ambos saíram do ninho da prefeita Moema Gramacho (PT). Débora era aliada da prefeita, mas logo após as eleições de 2020 rompeu, argumentando que aliados da prefeita a perseguiam, cobrindo as propagandas dela com outras.
Na sequência, o pessoal de Moema acusou Débora, na Justiça, de gastos excessivos na campanha. Ela ganhou na justiça e politicamente o tititi ajudou a turbinar, enquanto Moema não tinha um candidato nato, veio se definir por Rosalvo já em março. Esse é o desafio dele, ultrapassar uma adversária que já estava na frente.
Era Leão —Lauro era um distrito de Salvador, chamado Santo Amaro de Ipitanga, até emancipar-se em 1962. Veio a ditadura e até 1985 os prefeitos eram nomeados, quando Paulo Rosa tornou-se o primeiro a eleger-se para um mandato tampão, de dois anos.
Depois dele veio a era de João Leão (PP), hoje deputado federal, com ele, depois Otávio Pimentel, Roberto Muniz na sequência e por fim Marcelo Abreu, quando Moema venceu em 2004. Entrou Márcio Paiva, um desastre, Moema voltou em 2016 e está lá até hoje. Em outubro começa um tempo novo.
Colaborou: Marcos Vinicius
Por Levi Vasconcelos