Com a aproximação das eleições de 2024, as discussões políticas ganham cada vez mais força, especialmente nos grupos de WhatsApp, onde eleitores debatem apaixonadamente sobre quem seria o melhor candidato para assumir a prefeitura de seus municípios. Em meio a essa efervescência, um aspecto essencial acaba sendo muitas vezes negligenciado: a exigência de um plano de governo detalhado por parte dos candidatos. A falta desse documento, que deveria ser uma peça central da campanha, é um sinal de alerta para qualquer eleitor preocupado com o futuro de sua cidade.
O plano de governo não é apenas uma formalidade; ele é a base sobre a qual o candidato deve se comprometer a trabalhar caso seja eleito. É nele que são delineadas as estratégias para enfrentar desafios e melhorar áreas como saúde, educação, segurança, infraestrutura e desenvolvimento econômico. Sem um plano claro, as promessas de campanha tornam-se vazias e o eleitor perde a capacidade de avaliar se o candidato realmente tem um projeto consistente para a gestão pública.
Exigir um plano de governo é exercer o papel de cidadão consciente e responsável. Quando o eleitor faz essa cobrança, ele não só fortalece a democracia, mas também coloca o candidato à prova, forçando-o a pensar de forma concreta sobre as necessidades da comunidade e como pretende atendê-las. Isso também contribui para a transparência, pois um plano de governo bem elaborado permite que a população acompanhe e fiscalize o cumprimento das promessas ao longo do mandato.
Além disso, ao exigir que os candidatos apresentem suas propostas, o eleitor ajuda a elevar o nível do debate político. Em vez de se limitar a ataques pessoais e críticas infundadas, as campanhas passam a ser centradas em ideias, soluções e compromissos. Isso beneficia a todos, pois, em um ambiente político mais qualificado, as escolhas feitas nas urnas tendem a ser mais conscientes e fundamentadas.
Outro ponto importante é que o plano de governo também serve como um instrumento de comparação entre os candidatos. Com ele em mãos, o eleitor pode analisar as propostas de cada um, identificando quem realmente está preparado para governar e quem apenas faz promessas vazias. Isso é especialmente relevante em pequenos municípios, onde muitas vezes as campanhas se baseiam mais no carisma pessoal do candidato do que em propostas concretas para o desenvolvimento local.
Portanto, em vez de se envolver em discussões acaloradas que muitas vezes desgastam relações pessoais e familiares, o eleitor deve focar em sua responsabilidade cívica de cobrar um plano de governo de cada candidato. Afinal, o futuro do município está em jogo, e escolher um governante sem saber exatamente o que ele pretende fazer é um risco que não se pode correr.
Assim, para garantir que as escolhas feitas em 2024 realmente contribuam para o desenvolvimento e bem-estar de sua cidade, é imprescindível que o eleitor exija, desde já, que cada candidato apresente claramente o seu plano de governo. Somente dessa forma será possível avaliar quem tem as melhores condições de liderar o município a partir de janeiro de 2025 e transformar as promessas de campanha em ações concretas e benéficas para toda a população.