Foto: Vaner Casaes/ALBA/Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Água dura
As mais recentes envolvem a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), órgão do governo federal sob influência de Elmar Nascimento. Na artilharia dos Menezes, constam ainda a série de acusações sobre o uso do caixa da Codevasf para favorecer o irmão, familiares e prefeitos de redutos eleitorais do deputado e de parlamentares aliados, sobretudo do PP e União Brasil, na distribuição de caixas d’água e equipamentos agrícolas. Uma das mais rumorosas tem como origem a operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) em 2023 para apurar fraudes na concessão de tratores para municípios baianos.
Laços de família
Indicado por Elmar para ocupar um cargo terceirizado na Codevasf de Juazeiro, Thiago Nascimento, primo do líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, confessou à PF ter fraudado ofício de parlamentares para desviar tratores e vendê-los no mercado paralelo em benefício próprio. A investigação não apontou qualquer envolvimento de Elmar no esquema, mas a oposição ao atual prefeito de Campo Formoso requentou o episódio na tentativa de desgastá-lo. O pacote inclui ainda contratos de R$10,9 milhões firmados este ano por Elmo Nascimento com empresas ligadas à família Nascimento, referentes ao aluguel de estrutura para eventos, conforme revelou a Metropolítica em 10 de julho.
Impressão digital
À coluna, aliados dos Nascimento têm convicção de que Adolfo e Denise Menezes estão por trás da recente ação civil pública apresentada pelo Ministério Público da Bahia (MP) contra Elmo, por suspeita de contratação excessiva de servidores temporários sem concurso público na área de educação. No entanto, integrantes da tropa de choque do prefeito de Campo Formoso garantem que o ataque terá troco em breve e munição virá do levantamento de pepinos supostamente herdados da gestão da ex-prefeita Rose Menezes (2017-2020), irmã do presidente da Assembleia Legislativa.
Na conta dele!
A aliança do PT com a ex-prefeita de Candeias Tonha Magalhães, recém-filiada ao Avante e até então principal líder do carlismo na cidade da RMS, foi atribuída por cardeais da oposição a um escorregão do ex-prefeito de Salvador ACM Neto, vice-presidente nacional do União Brasil. Em resumo, creem que faltou habilidade de Neto para segurá-la no bloco do prefeito Pitagoras Ibiapina (PP). Tonha queria ser vice do candidato de Pitágoras, o ex-secretário de Governo De Candeias Eriton Ramos e de quebra o controle sobre parte substancial do alto escalão. “Neto deveria ter convencido Tonha a reduzir as exigências e a aceitar o acordo. Mas deixou o barco correr, e agora ela será vice da candidata petista, Marivalda Silva”, avaliou um líder do União Brasil que tem base eleitoral em Candeias.
Espinha na goela
Apesar da tendência de que as contas do primeiro ano do governador Jerônimo Rodrigues (PT) sejam aprovadas com recomendações e ressalvas, o relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que será julgado na sessão desta terça-feira terá uma novidade indigesta para o Palácio de Ondina. No caso, a avaliação sobre 30 políticas públicas em espectro que vai além das tradicionais: saúde, educação e segurança pública. A conclusão dos auditores e analistas do TCE é de que irregularidades detectadas contribuíram negativamente para programas e ações nas áreas de saneamento básico, meio ambiente, turismo, cultura, assistência social e infraestrutura, entre outras.
Por Metro 1