O mês de agosto é dedicado à luta contra o câncer de pulmão, doença que tem o tabagismo como principal fator de risco. De acordo com estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil deve registrar em 2024 mais de 32 mil novos casos desse tipo de neoplasia. Só no Nordeste, mais de 6.500 diagnósticos são estimados pelo Instituto. Um dos desafios para combater o câncer de pulmão, considerado o mais letal globalmente, é conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce. Outra questão é o crescimento do consumo dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), que, embora sejam proibidos no Brasil, são uma febre entre os mais jovens. Também conhecidos como cigarro eletrônico ou vapes, esses dispositivos aumentam em mais de quatro vezes o risco de migrar para o cigarro convencional
Para a oncologista Clarissa Mathias, líder do Cancer Center HSI Oncoclínicas, a luta contra o câncer de pulmão envolve várias frentes, como combater o tabagismo, o cigarro eletrônico e cuidar do diagnóstico precoce de fumantes ativos e passivos, e ex-fumantes.
Quando se trata de controle do tabagismo, o Brasil é referência mundial: o país conseguiu, através de políticas públicas, reduzir em 35% o consumo de cigarro, de acordo com relatório da Organização Mundial de Saúde. Hoje, a prevalência de fumantes equivale a menos de 10% da população. No entanto, o consumo do cigarro eletrônico representa uma ameaça às conquistas da luta antitabaco. “Não fumar é a melhor forma de prevenção do câncer de pulmão. O cigarro representa um risco potencial para vários tipos de neoplasias e nem o fumante passivo está livre desse risco. A cessação do vício representa um ganho enorme para a saúde.
Além disso, a população precisa ter acesso ao diagnóstico precoce e aos tratamentos mais eficazes,” ressalta.
De acordo com o estudo “Risco de iniciação ao tabagismo com o uso de cigarros eletrônicos”, elaborado pelo INCA e publicado na Revista Ciência e Saúde Coletiva, o uso desses dispositivos aumenta em média três vezes e meia a probabilidade de experimentar o cigarro convencional, e em mais de quatro as chances de passar a fumar efetivamente. “Muitas pessoas começam com o cigarro eletrônico e depois migram para o convencional, que é muito mais barato e acessível, já que o vape é proibido no país. Em alguns casos, a pessoa passa até mesmo a usar os dois”, alerta Clarissa.
Atenção aos sintomas e rastreamento
Sintomas como tosse seca e persistente, rouquidão e dificuldade para respirar ou sensação de falta de ar são, muitas vezes, confundidos com problemas respiratórios e não são investigados e tratados adequadamente, o que faz com que o diagnóstico tardio do câncer de pulmão seja uma realidade em grande parte dos casos. Segundo Clarissa Mathias, a detecção precoce permite um tratamento menos invasivo e com mais chance de cura, além de uma sobrevida maior para o paciente. “Um fumante que apresenta uma tosse persistente não necessariamente tem um câncer de pulmão, mas esse sintoma precisa ser investigado”, orienta.
“O rastreamento do câncer de pulmão, através de exames de imagem e biópsia, é indicado para pessoas com alto risco da neoplasia, fumantes e ex-fumantes com mais de 50 anos, mesmo assintomáticos. O objetivo é justamente garantir o diagnóstico antes de qualquer manifestação da doença, ou seja, em fase bem inicial, quando a chance de sucesso do tratamento é alta”, informa a oncologista.
Avanços no tratamento
O tratamento dos tumores de pulmão conta com um arsenal de terapias avançadas e se baseia em cirurgia, tratamento sistêmico (quimioterapia, terapia-alvo e imunoterapia) e radioterapia. “Com as técnicas minimamente invasivas, já é possível a remoção do tumor com cada vez menos tempo de internação e retorno mais rápido do paciente às suas atividades”, esclarece a líder do Cancer Center.
A especialista explica ainda que, muitas vezes, a quimioterapia é indicada após a cirurgia para destruir células tumorais microscópicas residuais ou que estejam circulando pelo sangue. Em alguns casos, a terapia-alvo também é indicada após o procedimento cirúrgico. Esse tratamento, que representa um grande avanço na oncologia, utiliza drogas para atacar especificamente as células cancerígenas, preservando as saudáveis.
A combinação de terapia sistêmica e radioterapia pode ser administrada no início do procedimento para reduzir o tumor antes da cirurgia, ou mesmo como tratamento definitivo, quando a remoção cirúrgica está contraindicada. A radioterapia isolada é utilizada, algumas vezes, para diminuir sintomas, como falta de ar e dor.
Um dos grandes avanços da ciência na luta contra o câncer é a imunoterapia, que tem revolucionado o tratamento dos tumores de pulmão e proporcionado mais qualidade de vida e maior sobrevida aos pacientes. “É uma terapia que ativa o sistema imunológico através de uma combinação de medicamentos biológicos para lutar contra o tumor”, finaliza Clarissa Mathias.
Sobre a Oncoclínicas&Co
A Oncoclínicas&Co. – maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina – tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 145 unidades em 39 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.
Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos e acesso ao tratamento oncológico, realizando aproximadamente 635 mil tratamentos nos últimos 12 meses. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MedSir, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional. Além disso, a Oncoclínicas passou a integrar a carteira do IDIVERSA, índice recém lançado pela B3, a bolsa de valores do Brasil, que destaca o desempenho de empresas comprometidas com a diversidade de gênero e raça.
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Carol Campos
Assessoria de Imprensa