A Agricultura Urbana tem se destacado como uma solução inovadora e sustentável para enfrentar desafios contemporâneos relacionados à segurança alimentar, meio ambiente e qualidade de vida nas cidades. No contexto específico dos municípios do nordeste brasileiro, essa prática se mostra ainda mais fundamental devido às condições climáticas e à necessidade de fortalecer a economia local.
A Rejeição do Projeto em Feira de Santana: Um Olhar para o Passado
Há quase uma década, o município de Feira de Santana testemunhou a rejeição de um projeto significativo proposto pelos vereadores Professor Marialvo Barreto e José de Arimamtéia. O projeto visava promover a Agricultura Urbana como uma estratégia para incentivar o cultivo de alimentos dentro da cidade, beneficiando não apenas a segurança alimentar, mas também a geração de empregos e o desenvolvimento sustentável local.
Infelizmente, na época, a proposta enfrentou resistência na Câmara de Vereadores de Feira de Santana, e não foi aprovada. Esse episódio exemplifica os desafios enfrentados por iniciativas inovadoras em muitas partes do Brasil, especialmente quando se trata de políticas públicas que buscam integrar práticas agrícolas sustentáveis ao ambiente urbano.
A Nova Lei Federal e seu Impacto
Recentemente, o Senado Federal aprovou uma lei que regulamenta a Agricultura Urbana em todo o país, abraçando o mesmo propósito do projeto rejeitado em Feira de Santana. Esta legislação nacional reconhece a importância da Agricultura Urbana como uma ferramenta essencial para promover a segurança alimentar, mitigar os efeitos das mudanças climáticas e fortalecer a resiliência das comunidades urbanas.
Com essa lei, municípios do nordeste, como Feira de Santana, têm agora uma base legal sólida para desenvolver políticas locais que incentivem a Agricultura Urbana. Isso inclui o apoio à criação de hortas comunitárias, incentivos fiscais para iniciativas agrícolas sustentáveis, e a integração de práticas agrícolas em áreas urbanas planejadas.
Benefícios da Agricultura Urbana para o Nordeste
A Agricultura Urbana não apenas contribui para a segurança alimentar, permitindo o acesso a alimentos frescos e saudáveis diretamente produzidos na cidade, mas também promove a inclusão social ao envolver comunidades locais em atividades produtivas e educativas. Além disso, reduz a pegada de carbono ao diminuir a necessidade de transporte de alimentos e contribui para a melhoria da qualidade do ar e da biodiversidade urbana.
Para os municípios do nordeste brasileiro, onde as condições climáticas podem ser desafiadoras para a agricultura convencional, a Agricultura Urbana oferece uma alternativa viável e adaptável. Além de ser uma fonte de alimentos frescos, pode se tornar um impulsionador econômico ao fomentar novas oportunidades de negócios relacionados à produção agrícola urbana, como vendas em mercados locais e restaurantes.
Conclusão
A aprovação da lei federal sobre Agricultura Urbana representa um marco importante para o desenvolvimento sustentável das cidades brasileiras, especialmente no nordeste. É uma oportunidade para os municípios revisitarem propostas como a rejeitada em Feira de Santana, aproveitando os benefícios econômicos, sociais e ambientais que a Agricultura Urbana pode oferecer. Com isso, abre-se um caminho promissor para fortalecer a resiliência das comunidades urbanas e garantir um futuro mais sustentável para todos.
Sugestão da pauta do professor e ex-vereador de Feira de Santana, Professor Marialvo Barreto.