O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) defendeu a indicação do governo da ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial para cargos de conselheiros na empresa metalúrgica Tupy. A escolha dela e do também ministro da Previdência, Carlos Lupi, vinha sendo criticada pela oposição.
Segundo o Banco, a escolha de Anielle mostrava um avanço no “desafio da inclusão de mulheres e negros na alta administração de empresas”. A oposição afirma que a atuação profissional da ministra não tem ligação mais próxima com a parte econômica da Tupy.
Em relação à indicação de Carlos Tupi, líder do Partido Democráico Trabalhista (PDT), o banco aponta que ele “tem destacada experiência administrativa no setor público, tendo ocupado diversos cargos executivos e de conselhos”. Anielle é formada em Jornalismo e Inglês e Tupi em administração de empresas, mas nenhum já atuou no setor metalúrgico.
Com a indicação para os cargos, os ministros vão passar a ter direito a vencimentos adicionais que podem variar entre R$ 465 mil a R$ 1 milhão por ano.O BNDES possui 28,2% das ações da empresa metalúrgica.
Especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo apontam que o banco viola política de indicações com a nomeação de Tupi. Aprovada em abril, a norma estipula que mesmo se os líderes partidários estiverem em licença, não podem ser nomeados pelo BNDES para integrar o conselho de administração de empresas.
Por Metro 1