Comerciantes da feira livre do Tomba ressaltam importância do minicurso de qualificação e reciclagem

Oportunidade para aprender a manusear corretamente os alimentos para a venda e consumo. É assim que Emile da Silva, representante da Associação Comunitária do Assentamento de Coqueiros, avalia o minicurso de qualificação e reciclagem para comerciantes da Feira Livre do Tomba, realizado esta semana, na sede do Nosso Centro Médico. O evento foi promovido pela clínica em parceria com a Secretaria de Agricultura, Recursos Hídricos e Desenvolvimento Rural de Feira de Santana.

Ministrado pela nutricionista Márcia Paranaguá, o propósito do minicurso gratuito foi oferecer ferramentas para a qualificação da mão de obra dos comerciantes. “Um momento muito importante, até porque dá mais oportunidades para alavancar as vendas dos comerciantes e também para eles aprenderem a manusear os alimentos da maneira correta não só para a venda como também para o consumo. E toda a sociedade ganha”, valorizou Emile.

Também presente no evento, o comerciante de frutas Carlos Augusto Santos ressaltou a importância da iniciativa e disse esperar novas ações, especialmente do setor público, a favor da feira do Tomba. “Esses aprendizados vão nos ajudar a aprimorar nossos conhecimentos, a qualidade dos nossos produtos e melhorar as vendas. A clínica e a prefeitura estão de parabéns e a gente espera que venha mais melhorias do poder público para a feira do Tomba”, frisa, acrescentando que poderia ter, por exemplo, padronização das barracas.

Na avaliação da nutricionista, o minicurso foi muito válido. Ela ressaltou que os comerciantes presentes fizeram participações representativas, com depoimentos bem contextualizados com as abordagens. “As normas sanitárias estão bem difundidas e, nessa perspectiva, as pessoas estão mais otimistas e entendem que isso é a sustentação dos negócios. Mesmo com improvisos, elas conseguem minimizar a contaminação dos alimentos”, valorizou.

Márcia Paranaguá também reforçou a importância de mais ações governamentais voltadas para o comércio informal. “Os órgãos públicos precisam se mobilizar para que esses espaços abertos, sejam de feiras livres, pontos fixos ou ambulantes, precisam ser sustentados em sua grande maioria não com o rigor da fiscalização, mas com o rigor da educação sanitária. Precisa haver um espaço comunitário em que eles sejam amparados por iniciativas como Senai, Sesi ou Sebrae, para que entendam o que significa uma representatividade. Precisa haver uma associação do feirante para chegar ao órgão público e fazer uma abordagem nesse sentido”, sugeriu.

Monaliza Novais, diretora médica do Nosso Centro Médico, explicou que a ideia do minicurso surgiu da vontade de colaborar com o bairro onde a clínica está instalada. “Trabalhamos com saúde e a partir do momento que capacitamos os feirantes para o comércio seguro de alimentos, estamos assegurando também a população que consome. Esperamos assim contribuir para a sociedade em geral e para a comunidade do bairro onde a clínica se localiza, que é o Tomba”, explicou.

O minicurso, que teve duas horas de duração, foi baseado em dicas sobre manipulação e armazenamento dos produtos – seguindo as recomendações preconizadas pela Prefeitura Municipal, garantia de alimentos saudáveis e higienizados, segurança aos consumidores, além de geração de sustentabilidade dos negócios.

Por Orisa Gomes