Martagão passa a oferecer cirurgia de correção de escoliose em crianças pelo SUS

O Hospital Martagão Gesteira passou a oferecer, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a cirurgia de correção de escoliose em crianças. De alta complexidade, o primeiro procedimento cirúrgico foi realizado nesta segunda-feira, 20, e a paciente, uma jovem de 16 anos, residente no interior do estado, está em processo de recuperação e deve receber alta nos próximos dias.

A escoliose é um encurtamento da coluna, causado por uma curvatura lateral e rotação. É uma doença progressiva que, com o passar do tempo, pode comprimir o pulmão e, indiretamente, o coração.

“A inclusão desse tipo de cirurgia no Martagão amplia, na rede pública do estado, o acesso de crianças que necessitam desse procedimento. O Hospital, que é 100% SUS, passa a contribuir para dirimir essa demanda da rede, além de se tratar de uma meta da própria Instituição de aumentar a complexidade da assistência”, ressalta o diretor médico do Martagão, Samir Nahass.

Para pacientes com diagnóstico de escoliose e que necessitam de intervenção cirúrgica, a marcação pode ser feita por meio do telefone (71) 3041-3800 ou presencialmente no ambulatório do Hospital.

Cirurgião de coluna do Martagão, Sérgio Murillo conta que a primeira paciente com escoliose operada no Hospital tinha uma medida de 56 graus. A cirurgia durou seis horas. Caso ela não fosse submetida à cirurgia, a deformidade iria continuar progredindo durante a vida dela e, provavelmente, daqui a dez anos, poderia já ocorrer compressão do pulmão e do coração, dificultando a respiração e a qualidade de vida.

“A escoliose é uma deformidade na qual a coluna torce, entorta, deixando o tronco assimétrico. É uma doença que pode ser bastante restritiva, além do impacto psicológico em muitas crianças”, conta Murillo.

Para o cirurgião de coluna, é importante que pacientes possam encontrar um lugar de referência para realizar o tratamento. “Ter um hospital com uma qualidade técnica e estrutura do Martagão, com uma equipe de assistência tão bem preparada para tratar de criança e adolescente, abraçando esse tratamento de escoliose vai ser um salto de qualidade para que esses pacientes não desenvolvam a deformidade de forma mais agressiva e com mais risco de comorbidade”, finaliza.

Por BN